Vinagrete 23.03.17 – Celibato sacerdotal

O Papa Francisco mostrou-se favorável ao fim do celibato sacerdotal, com o casamento de padres, lembrando que se trata, não de questão de fé, mas apenas de uma disciplina recente da Igreja Católica.

            Depois de várias tentativas sem sucesso, o celibato clerical voltou a ser defendido em força pelo Quarto Concílio de Latrão (1215) e pelo Concílio de Trento (1545-1563), que o impôs definitivamente como obrigatório para todo o clero da Igreja Latina. Houve sempre padres casados, e houve até bispos e alguns papas.

            Mas quem deveria ter tratado definitivamente do assunto seria o anterior Papa, Bento XVI, que como cardeal Ratzinger nunca escondeu a sua posição neste aspecto, salientando-a até no discurso de despedida da sua Diocese, quando foi para o Vaticano, e voltando a pô-la em destaque no seu livro o Sal da Terra, sobre aquele momento.

            É preciso não esquecer que Ratzinger, já professor mas ainda um simples secretário de um cardeal, foi o grande obreiro do concílio Vaticano II, e do avanço que ele significou para a Igreja. E embora seja normal as pessoas evoluírem, e ele se tivesse chocado com certos efeitos do Maio de 68 nos seus alunos, não deixou de pensar muito para a frente, como se viu nas modificações que introduziu na Igreja enquanto Papa, relativamente ao seu antecessor.

            Mas sempre era apreciado pelos conservadores católicos. Bastante mais do que o Papa Francisco.

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