Os professores são mesmo azarentos. Não quiseram seguramente ir atrás do comunista Mário Nogueira (que não pára de falar de alto), que já nem saberá ensinar nenhuma matéria, e entregaram-se nas mãos de André Pestana, que dava ares de outra frescura.
Mas a escola de André Pestana é a mesma. E ambos vivem felizes a reivindicar, sem quererem saber se as negociações implicam cedências de parte a parte, na realidade costumam desembocar em compromissos. E tão entusiasmados andam com a actual situação, que se recusam a ver o drama que será para os professores uma mudança de Governo. E por exemplo deixarem as escolas contratarem-nos directamente, como a melhor forma de evitarem andar com a casa às costas, e garantirem simultaneamente uma maior qualidade do ensino público. De qualquer modo, é necessário ter dinheiro para fazer uma greve tão grande, e ainda assim recusarem serviços mínimos.