Já temos vários exemplos de que certos comportamentos considerados por muitos criminosos ou falcatruentos (Trump e as suas ‘fake news’, Isaltino e as contas do sobrinho taxista na suíça, etc.) pelo pensamento dominante são depois acalentados pelos eleitorados

Este Roy Moore é mesmo um cowboy, fotografia da NBC
democráticos.
Vem isto a propósito do candidato republicano ao Senado dos EUA (Roy Moore, Alabama), acusado de pedofilia, rejeitado por algumas das figuras mais destacadas do seu partido, mas cada vez mais agasalhado pelas sondagens, e até pelo seu homólogo (aparente pelo menos, nos comportamentos, mas também na política) Donald Trump.
A democracia tem destas coisas. Preocupam-se os jornais e os comentadores em vociferar contra maus comportamentos, e depois o eleitorado adora-os. Definitivamente, os eleitorados democráticos de hoje não têm muito a ver com o pensamento dominante sobre ética. Pelo menos, com demasiada frequência, e relativamente a figuras bastante destacadas. São preferíveis os restantes representantes populares das democracias indirectas – mas electivas, que também gostam de eleger a tal escória.