
Azeredo Lopes, fotografia do DN
Vi surpreendido há dias que Azeredo Lopes, o actual ministro da Defesa, usara a mesma argumentação do que Mª Luís Albuquerque, na sua época de super-ministra das Finanças de Passos Coelho: ambos diziam desconhecer situações-chave dos respectivos Ministérios.
O caso de Albuquerque terá sido mais grave: dizia desconhecer o desvio de somas avultadas para off shores, com autêntico apoio ‘oficial’ de um seu secretário de Estado (do CDS). Mas também ale já se foi embora, substituída por alguém que a deve envergonhar muito (pelo que consegue fazer para além dela), e por isso já não nos maça mais.

MªLA, fotografia de papalvos.blogspot.com
Lopes referia-se à tropa fandanga (tiro a expressão a Nicolau Santos, penitenciando-me desde já pelo abuso) que não sabe fazer a defesa de um simples paiol, deixando a Oposição civil argumentar com as ‘cativações’ e outros cortes orçamentais. No entanto, para Tancos, a vigilância digital foi a que o Exército quis. Aparentemente, por muito dinheiro que lá despejassem, com as cumplicidades interiores era praticamente impossível evitar o assalto (e ter-se-ão sucedido ali vários assaltos, à semelhança do que aconteceu noutros países da NATO, como a Alemanha e a França, mesmo em instalações americanas). O tal soco no estômago de que falava o CEMGFA. Sobretudo para a tropa.
Seja como for, a triste semelhança não deixou de me chamar a atenção.