Vinagrete 17.04.26 – A ditadura anti-saúde

Olhó sarampo, fotografia de http://www.saudedescomplicada.com

Morreu uma adolescente com sarampo, e lá se apressam os espíritos ditadores, aqueles cuja menor inteligência leva a gostarem de reagir a tudo a quente, a quererem que o Estado imponha a vacina obrigatória. Precisamente numa altura em que todas as polémicas se levantam sobre as vantagens ou não das vacinas. Num momento em que surgem dados indicando que pessoas vacinadas morrem mais do que as não vacinadas, a começar pelos efeitos secundários da própria vacina – e vice-versa.

Pessoalmente, penso estarmos num momento em que a voz devia ser dada aos especialistas. Sei que não se entendem, mas devíamos ouvir com atenção, e sem preconceitos políticos, as posições de cada lado.

Totografia de Prefeitura de Pirai

Sou incapaz de me pronunciar por qualquer das hipóteses. Penso que vacinei os meus 8 filhos, porque me calharam médicos que o aconselharam. Mas já li notícias a garantirem que a miúda agora morta em Portugal, com sarampo, era alérgica à vacina. E que o seu médico defendera a opinião de não a vacinar. Se me tivesse calhado um médico a dizer isso, também não teria vacinado os meus filhos (ou os que se tratassem com esse médico).

Já agora, lembrem-se de um ponto destacado por Marques Mendes a este propósito, na sua homilia dominical da SIC: a vacina contra oi sarampo só apareceu em 1974. Quando eu era miúdo, os pais normais juntavam todos os filhos quando um deles tinha sarampo, para a doença (que só ataca 1 vez) ficar despachada lá em casa. E ninguém a entendia como especialmente perigosa. Mesmo os médicos achavam isto tudo bem. Mas parece que agora grassa muito a ignorância. Já viram que a mana da miúda morta também tem sarampo, mas sem gravidade?

Horroriza-me voltar a ver uma questão técnica de saúde tratada

Vacinação, fotografia da Tribuna da Madeira

com os preconceitos ditatoriais do politicamente correcto – como aconteceu com o sangue dos homossexuais.

Ao menos, o imposto sobre o tabaco aquecido, mesmo que seja disparatado (se esse tabaco for menos pernicioso para a saúde do que o outro), não terá consequências desastrosas – próprias da ditadura do politicamente correcto, embora talvez tenha a mesma origem.

Entretanto, reparo que nisto os políticos nacionais são menos histéricos do que muitos comentadores e do que o próprio comissário europeu da especialidade.

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