
Trump e Netanyahu, fotografia de jpost.com
Diz-se que os EUA já existem há mais de 240 anos (a data oficial da fundação é 4 de Julho de 1776), e tiveram 44 Presidentes (Obama é o 44º) em funções. Pois estes sempre respeitaram o princípio constitucional (basta o princípio, porque os princípios só por si têm assegurado o bom funcionamento das democracias anglo-saxónicas, que descarrilaram sempre que se ignoraram esses princípios) de deixar o País ter um único Presidente. Os que são eleitos esperam pacientemente pela sua posse, e mandam quem os contacta falarem com o que ainda está em funções até ao 20 de Janeiro, e os que terminaram o mandato permanecem calados por muito referidos que sejam, e por muito que lhes apetecesse responder ou comentar.

Presidente Obama, fotografia do jornaldoalgarve.pt
Pois até nisso Trump tem alarvado nas suas ‘trampices’. Desatando a twittar sobre tudo e todos, como se fosse já Presidente em funções. Para não ir mais longe, veja-se o metediço que tem sido no caso de Israel. Já não basta a Israel ter uns dirigentes que empurraram o País para uma crescente hostilização dos numerosos vizinhos árabes, deixando-os ali como prisioneiros em terra alheia, mas a sonharem com um grande Israel dado por Deus (e Deus é sempre metido nestas guerras disparatadas). Pode-se dizer que nisso, o apoio do eleitorado, só lhes trouxe o que merecem. E Netehyahu pode ser uma das pessoas que eles merecem. Mesmo quando excitado e de cabeça

Fotografia do Expresso
perdida, preparando-se para perder muito mais, diz que vai recorrer já ao só futuro Presidente Donald Trump – enquanto é Obama que está em funções e decide (para o mundo descansar mais alguns dias numa relativa paz).
Mas agora Trump, depois de Bush ter incendiado a região (apesar de ser mais inteligente e culto que Trump, como praticamente toda a gente o é), pode revelar-se o verdadeiro inimigo dos judeus, com o fito desajeitado de os ajudar.
Também me pergunto do porquê de António Guterres estar já a dizer que quer falar com Trump, antes deste tomar posse. Embora compreenda que não lhe compete a ele, Guterres, defender os princípios da democracia americana, mas aos descuidados americanos que elegeram Trump – se ainda forem capazes de o fazer.