Vinagrete 16.04.30

O problema do cartão de Cidadão não é a gramática

cartão nde cidadão

Não posso estar mais de acordo com o PCP, em que a gramática não é o pior ou mais urgente problema do Cartão do Cidadão. E diverte-me até pensar o que fará o ministro Eduardo Cabrita, que se precipitou a aceitar a sugestão do Bloco de Esquerda para lhe mudar o nome para Cartão da Cidadania (nome de resto ainda muito discutível quanto a géneros, como já aqui afirmei antes).

Claro que aquilo que o PCP denomina de gramática pode ser um problema grave – como na questão do Acordo Ortográfico que queremos adoptar sozinhos e unilateralmente –, mas não será no caso do Cartão de Cidadão, que eu também prefiro vê-lo manter o nome, e alterar apenas outras condições. Para já, a facilidade de o conseguir, com que eu ainda não fui bafejado, e portanto cá continuo com o velho Bilhete de Identidade recentemente renovado (porque, lá está, não tinham cartões de Cidadão para atribuir na altura, pelo menos no sítio em que eu queria fazê-lo e para isso estava indicado).

Agora o Bloco de Esquerda é que tem de levar neste aspecto a sua coerência às questões internas que pode resolver por si: alterando radicalmente o seu nome, de modo a acabar com aquele casamento indescritivelmente tradicional entre o machista ‘Bloco’ e a feminíssima ‘Esquerda’. Já deixei de resto a minha sugestão: recorrer à original linguagem a que nos habituou o ex-Presidente Ramalho Eanes (apesar de reconhecer que ele nada tem a ver com estas ridicularias do politicamente correcto e dos ares dos tempo), passando a chamar-se ‘Bloque de Esquerde’.

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