Estamos na era Putin. O Ocidente também já elegeu Trump e Bolsoaro. Conseguiu foi ver-se livre deles, porque por aqui as tropas já não querem fazer golpes de Estado nem reprimirem demasiado os cidadãos por vontade de um autocrata. E enganar-se uma vez ainda é humano. Mesmo para os eleitorados. Mais é que já é burrice.
Até os italianos elegeram uma senhora, que parece um pouco mais civilizada do que os amigos de Putin, mas que não discute louvores a Mussolini.
Entretanto na ONU, Putin mostrou não ter alargado muito o seu apoio internacional, que se resume aos piores ditadores do Mundo, mais o cada vez menos necessário PCP. Já nem é preciso falar na divisão entre os países com maiores liberdades, como a da imprensa, e os restantes. É que o seu apoio é pequeno, mesmo nos restantes.
E como é que alguém na Rússia ainda sorri a pensar nele? Provavelmente acham a Rússia ainda grande demais e querem-no mais uns tempos para ficar pequenina, pequenina. Como aquela ideia que lhe deu de acabar com o acordo do START II. Afinal, e Rússia era a principal beneficiada, por não ter de gastar tanto dinheiro em armamento.
Talvez um espião só esteja preparado para espiar, e matar sobretudo conterrâneos. Além de enriquecer-se a si e aos amigos.