Não me parece que Marta Temido tenha sido, como ministra da Saúde, ‘nem bestial, nem besta’, como poderia dizer em linguagem popular portuguesa.
Claro que a Pandemia, para quem tinha a ambição de grandes reformas do SNS, não terá facilitado nada, neste momento.
Mas no tratamento da Pandemia ela não me pareceu tão extraordinária como a outras pessoas. Embora valha o que o eleitorado entendeu. Pareceu-me que se tinha limitado a seguir as orientações de Bruxelas, conseguindo com isso por vezes ficar abaixo, e noutras vezes acima, dos restantes países.
Agora foram mais visíveis dificuldades no SNS (muitas já vinham de trás), pareceu-me que por ali aceitarem a marcação de férias quando uma pessoa quer. Bons tempos em que não se ia para médico com o fim de ganhar dinheiro. Mas era certamente uma situação pouco democrática, embora mais simpática.
Agora a demissão de Marta Temido serviu também para se ver melhor que a Oposição não tem ideias sobre as coisas importantes, e prefere ficar-se pelos casinhos.
De qualquer modo, a visão do PS sobre o SNS foi a votos nas últimas eleições. E este será um dos temas que nunca veríamos a oposição fazer. O SNS deve-se inteiramente ao PS. Contra todos, mesmo o PR. A partir daqui, os médicos terão de ser mais cuidadosos. Sobretudo aquele desavergonhado que está à frente da Ordem, com a ideia de que o lugar lhe serve para aparecer muito nas TVs.