Putin tem estado sempre sem acertar em nada, e a atirar muito ao lado.
Primeiro, é a falta de jeito deste gigante militar para ganhar rapidamente uma guerra a um minorca (comparado com ele), sem afectar alvos civis (pessoas e casas). Depois foi a forma como abriu a porta ao alargamento da NATO para as fronteiras da Rússia. E mais tudo o resto para que vai arranjar outros culpados, quando o principal responsável é ele próprio.
Mas talvez os seus apoiantes continuem firmes, sobretudo os mais escanzelados que não querem ver a sua (de Putin) riqueza pessoal e a dos seus amigos, preferindo continuar a proporcionar a situação. Parece que se trata de um povo destinado a ser sempre escravizado, e com boa cara. É a tal ‘alma russa’, de que falava um livro de Conrad, recentemente lançado pelo diário Público.
De resto, adorávamos, a Opinião Pública ocidental, que a Rússia se deixasse de ameaças de estender a guerra, e a estendesse mesmo. Ficariam assim mais óbvios os seus apoios internacionais, e tornava-se mais imprescindível a saída da Putin. De resto, e a propósito de Kissinger, convém dizer que, lá por ter acertado no Iraque, devemos lembrar Portugal (e a sua descolonização).