Vinagrete 21.05.27 – Juiz contra Calamidade

Um juiz de Sintra, querendo manter-se fiel à relativamente (enfim, um favorzinho meu) má fama da Justiça nacional, deu provimento à reacção negativa de um casal brasileiro contra o Estado de Calamidade do Governo (e contrariando os constitucionalistas, não reconhecendo ao Executivo capacidade legal para governar em Pandemia, se o PR não decretar o Estado de Emergência).

            Em vez de desistir do Estado de Calamidade, o Governo devia pôr este casal de brasileiros, que pelos vistos gostam mais de estar em Portugal do que no Brasil de Bolsonaro, mas se sentiram aqui muito presos por deverem fazer quarentena, devia pô-los, como disse, a viverem com esse juiz, durante o tempo da quarentena. Eles, e mais todos os que se encontram em situações semelhantes.

            Pessoalmente, gosto de que o Governo faça o que puder pela Saúde Pública, contra ventos e marés – e gostava que fizesse ainda mais do que está a fazer, imaginando que as directrizes europeias não podem chegar para todas as regiões do Continente.

            Mas os juízes, para se meterem nas  nossas vidas, só não são divertidos e impagáveis, porque conseguem meter-se mesmo nas nossas vidas. Como a magistrada que não considerou grave o tipo que arrastou pelo pescoço uma mulher para o seu  carro, apanhado em flagrante pela GNR, e que nem se deu ao trabalho de aparecer no julgamento. E esta magistrada até era uma mulher, que certamente está habituada a ser tratada por um homem com certa violência, a qual para si não é estranha, será até normal, apesar de todo o alarme social causado pela sua sentença. Como é que surgirão mulheres queixosas, com estes exemplos das autoridades?

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