O mal parece ser as sondagens garantirem uma maioria ao PS, apesar da sua errância actual. E talvez por isso aceite os ditos programas de contingência, embora só para meados de Outubro (quando a economia talvez estiver melhor, mas a saúde dos portugueses muito mais escangalhada). Assim, o primeiro-ministro mistura a arrogância com a errância, que talvez o faça ainda descer nas sondagens, mas temos de o aturar assim, e ver a população ir-se em parte assim. E ele limita-se a dizer que nem foi especialmente bom no início da pandemia, nem especialmente mau agora.

RTP
Viu-se que a sua recente estratégia já deu resultados numa coisa: a vinda dos turistas ingleses – se ainda lhes apetecer (embora continue a desconfiar de que só virão, pelo menos em massa, os piores). O pior é se só vai apetecer vir aos menos cuidadosos, com os mais terríveis resultados pandémicos – o que parece não incomodar o nosso primeiro ministro nem as autoridades sanitárias chefiadas pela nossa triste directora-geral da Saúde.
Entretanto vamo-nos havendo com os resultados horríveis das contradições assumidas pela ministra da Segurança-Social. Num dia, disse ao Expresso não ter lido um relatório importante da Ordem dos Médicos sobre as desgraças de Reguengos. No outro dia, apareceu ela e todos os seus apaniguados, a assegurar ter lido esse e os relatórios todos. E mesmo assim aconteceu o que se sabe. E mesmo assim, o primeiro-ministro deu-lhe grande apoio público, como se o errado não fossem as contradições dela, mas quem lhas apontou. E Reguengos permanece com toda a sua teia de horrores, a ver-se noutros lares.