Afinal o pelouro europeu atribuído a Elisa Ferreira é mesmo o que António Costa dizia querer (Coesão e reformas, ou seja, um pelouro financeiro determinante nas políticas territoriais), talvez para desgosto único de Paulo Rangel – que explicou no Público como era maus para o País ter um pelouro bom para o País.

Elisa Ferreira com António Costa, DN
No entanto, para o conseguir, teve de fazer avançar esta colaboradora do PS especializada em contas e na área Financeira, portuense mas cosmopolita (estava agora na administração do Banco de Portugal, depois de ter sido deputada europeia socialista longos anos, e de ser ministra de António Guterres). Curiosamente, saudada por todos os partidos, mesmo os de Oposição.
E Costa teve de deixar cair a sua opção assumidamente inicial do ex-ministro Pedro Marques, menos amado mesmo dentro do PS, com uma falta de jeito clara para a comunicação política (como se viu na campanha eleitoral), mas mesmo assim cabeça de lista do PS no Parlamento Europeu.
Se é verdade o que diz hoje Rui Tavares sobre a influência de Órban nesta nova Comissão, então sim, haverá razões para nos preocuparmos. Órban estaria melhor ao pé de Trump e de Bolsonaro do que na UE. De resto, sempre se dizem coisas, mas veremos se são realmente importantes.