Suponho ter sido Chu en Lai, no tempo de Mao Tse Tung, quem tornou a frase famosa, a propósito da burguesia nacional chinesa, que parecia contrariar o comunismo então alardeado pelo partido no Poder: «Não importa a cor do gato, desde que ele coma o rato»..

Sérgio Moro em Lisboa, nas gafes, SIC Notícias
Há dias vi o ministro da Justiça Brasileiro, numa das suas visitas a Portugal, em que cometeu várias gafes diplomáticas, dizer uma coisa parecida. «Não importa a cor do gato, desde que ele pegue o rato».
Podem certamente dizer que a frase é completamente imprópria de um magistrado. Mas a verdade é que os extremos se tocam. E ele nunca me enganou nos seus propósitos, quando fingia ser magistrado, e actuava como político, preferindo pôr no Poder reconhecidos corruptos, em lugar de gente que não tinha essa fama, mas que ele preferia afastar.
Afinal as suas frases impróprias de magistrado e de ministro da Justiça não são apenas as que deixou escapar, como um tique, como um arroto imparável ou incontrolável, contra Sócrates (independentemente de futuras condenações que este venha a ter).