Vinagrete 18.06.25 – Casas centrais e de borla

Um dia destes, um dos nossos jornais de referência noticiava em tom choramingão que um tal Luís (identificava-o apenas assim) l

Baixa de Lx, nit.pt

amentava-se por não conseguir arranjar um quarto pelo preço que pagava por uma casa espaçosa em plena Baixa de Lisboa, que iria deixar de ser sua. Quem não quer viver na Baixa de Lisboa, mesmo sem se chamar assim só Luís? Ainda por cima numa casa tão barata como era a do Luís. É que ele admitia pagar, pelo espaçoso apartamento, onde vivia há 35 anos (desde 1983) só 285 euros mensais.

E parece achar-se com esse direito, a que mais ninguém se pode achar, à custa do senhorio, claro. Por isso um amigo meu, estando há dias nas redondezas de uma loja que eu dizia achar a mais bonita do mundo, afirmava convicto ser ele o proprietário. Porque era o dono do prédio, pelo qual a loja pagava uma ninharia.

Será que uma loja tem o direito de existir assim? Com o engodo de se chamar loja histórica? Claro que desse modo, com um prédio inteiro no Chiado e sem pagar renda, parece mais fácil ter a loja mais bonita do mundo.

Estou a lembrar-me do José Alexandre, durante muito tempo considerado a melhor loja de coisas de casa, e onde qualquer casamenteiro punha lista de presentes. Pois veio o incêndio do Chiado, o José Alexandre teve de se mudar para casa paga (porque a dali ardeu), e desapareceu em pouco tempo (mostrando não estar capacitado para uma vida empresarial com os diversos custos).

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