Vinagrete 18.04.09 – A política da Justiça brasileira

Querem-nos impor a ideia de que a Justiça funciona sempre, e que nos devemos submeter às suas decisões. A minha ideia é que nada disso é verdade. E submetermo-nos às decisões de uma Justiça injusta é aceitarmos passivamente sermos injustamente tratados. Estou por isso com Lula, e contra a prisão dele, por causa de um apartamento que até era de outra pessoa, e serviu já para pagar dívidas alheias. Parece que no Brasil cometeu pecado mortal quem tirou gente da pobreza. A Ganância de quem por lá anda nem entende que é bom aumentar o número de consumidores. Só quer ter gente por baixo e na miséria. Por isso, inventaram tudo contra Dilma Rousseff, até a verem substituída por um dos seus, de corrupção livre, que só facilita assassínios, aparentemente fáceis de resolver.

Lula e Dilma, Governo do Brasil

Sabe-se a péssima opinião que eu, com formação em Direito, tenho da Justiça portuguesa. Mas pior ainda da brasileira. Não consta terem conseguido provas, mesmo fabricadas, contra Dilma Rousseff. Mas aí a temos substituída, com o esforço da Justiça de lá, por um trafulha que todos sabem ser trafulha. Agora, essa mesma Justiça, com o apoio ‘informal’ (esta será, suponho, a melhor forma de o classificar) dos militares, afasta inconstitucionalmente Lula da Silva (conseguiu mesmo afastar?) de umas eleições que aparentemente tinha ganhas. E eu nem endeuso as eleições democráticas, sabendo muito bem que o povo opta muitas vezes de maneira terrível. Mas não posso aceitar que uma Justiça evidentemente má se substitua alarvemente ao eleitorado. Condenando Lula por ter recebido um apartamento que nunca foi seu. E, tendo ele e Dilma, uma quantidade imensa de acusações políticas, todas sem provas, mas que podem dar para aquela qualidade de juízes o condenarem muitas vezes (provas para quê? Basta delacções premiadas, e muito premiadas).

E agora, ainda por cima, veio outro juiz do Supremo brasileiro dizer em Lisboa que está a ser julgada a constitucionalidade da prisão de Lula (mais em abstracto, sem se referir a ele pessoalmente), que poderá anulá-la.

E há por aí muita gente satisfeitinha por este desandar das coisas. Mesmo ‘democratas’ de boca. Mesmo portugueses à distância (talvez demasiado distantes?). O problema é não sabermos de nenhum morto de Dilma (só sabemos que o afirmaram), e conhecermos demasiado bem os assassinados por esta gente corrupta e aliada à extrema-direita.

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