Ouvi numa Rádio há dias, suponho que Manuel Alegre, dizer numa entrevista achar que a investigação do Ministério Público a Mário Centeno deveria ter mais consequências, por a achar grave, até devido aos efeitos internacionais.

O comportamento de Centeno que provocou irritação no MP, JN
Já aqui disse achar que o MP português deve nadar em meios excessivos, e não ter orientação nenhuma, para poder dar-se ao luxo de investigar disparates, como a intervenção suposta do Governo nas isenções do IMI (um imposto camarário). Mais estranho me parece o MP poder andar a vasculhar os computadores do supostamente ‘sensível’ Ministério das Finanças, por um disparate pegado, que qualquer aprendiz de jurista saberia não poder existir ali crime nenhum.
Claro que parece mais o MP sem rei nem roque, a fazer o que lhe dá na gana. Ou será que agora basta ser considerado poderoso, para justificar só por si qualquer investigação? Ou um ministro que acerta demais onde os antecessores se habituaram a errar animadamente.
Entretanto, acredito que Alegre tem razão: e que é preciso isto ter consequências. Tanto mais que até uma instituição europeia pôs em causa Centeno, devido à tal investigação.
Já percebi há muito que Centeno tem demasiado sucesso para se furtar a ataques da oposição. Mas é triste ver uma organização nacional, como o MP, metida nisso. E apetece-me deixar aqui, com preocupação, a mesma pergunta preocupada de Alegre: quem controla os nossos investigadores, e nos defende deles?