
O czar Putin, fotografia da SIC Notícias
Vladimir Putin bem pode dizer não ter nada a ver com o assunto, mas a verdade é que os seus inimigos políticos vão caindo mortos um a um. Não há nada mais perigoso no mundo do que ser inimigo político de Putin (porque, pelos vistos, na Rússia continuam sem entender o que é isso dos adversários políticos). O último que deu brado foi agora o ex-deputado russo Denis Voronenkov, 45 anos, que vivia na Ucrânia desde o ano passado, e que funcionava como testemunha de Kiev contra Moscovo.
Mortos quando não podem ser presos (como aconteceu mais uma vez esta semana em Moscovo com o líder da Oposição, Alexei Navalny). De qualquer modo, também se aviam para a eternidade opositores à mão,

Denis Voronenkov assassinado em Kiev, fotografia do Globo
dentro da Rússia. Aparentemente, tudo depende das conveniências do czar em funções.
Talvez seja a única forma de Putin se manter no poder: à Stalin. No fundo, deve ser muito menos popular na Rússia do que alguns pensávamos. E se ele não tinha nada a ver com o assunto, parece uma enorme coincidência todos os seus grandes opositores políticos acabarem assassinados ou presos, sem nada se fazer para o impedir, num regime tão autocrático. Este foi na rua, e à bala. No que parece ser um assassínio encomendado. ‘Terrorismo estatal’, como afirmam as ainda assim heróicas autoridades ucranianas.