Vinagrete 17.01.06 – Médicos novos são indiferentes aos doentes

Fotografia da RR

Fotografia da RR

Leio nos jornais que os hospitais estão com grande dificuldade em ter médicos nestes picos de gripe, depois de outras dificuldades nas nas datas festivas (entretanto o SNS vai-lhes arranjando empregos, hem?… Sorte…), mesmo pagando muito. Já tinha visto antes um estudo segundo o qual os médicos novos, mesmo trabalhando menos do que os mais velhos, se sentem muito mais exaustos.

Youtube

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Ora eu, sem nunca ter sido médico, e apenas jornalista (de quem portanto as vidas não dependem tão directamente), lembro-me de ter trabalhado muitas datas festivas, mesmo dias de Natal, sem nunca ter posto isso em causa.

O que me faz ter saudades de uma figura como Francisco Gentil Martins como Bastonário dos Médicos

Gentil Martins, fotografia do DN

Gentil Martins, fotografia do DN

é lembrar-me de como ele lutou contra a burocratização desta profissão, que devia ter a gente nova mais vocacionada, e a sentir-se menos exausta do que os velhos – precendo.me indiferente, vê-se que nem tem sido bom, as notas académicas estratosféricas. O drama é estarmos hoje todos entregues a estes catraios exaustos e burocratas, mais preocupados com as horas de entrada e saída do serviço, ou com os ordenados, do que com os doentes. Mas parece ser esta a evolução normal da sociedade, e a visão ‘liberal’, tão de moda, das coisas. Mesmo quando a visão não é liberal, como no caso de Trump, é pelo menos egoísta.

De qualquer modo, era mais fácil ignorar a burocracia sendo rico. E ter uma boa formação depois de andar em guerras como a colonial a fazer frente a todas as urgências. Tudo coisas para gente mais velha

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