
Fotografia da RR
Leio nos jornais que os hospitais estão com grande dificuldade em ter médicos nestes picos de gripe, depois de outras dificuldades nas nas datas festivas (entretanto o SNS vai-lhes arranjando empregos, hem?… Sorte…), mesmo pagando muito. Já tinha visto antes um estudo segundo o qual os médicos novos, mesmo trabalhando menos do que os mais velhos, se sentem muito mais exaustos.

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Ora eu, sem nunca ter sido médico, e apenas jornalista (de quem portanto as vidas não dependem tão directamente), lembro-me de ter trabalhado muitas datas festivas, mesmo dias de Natal, sem nunca ter posto isso em causa.
O que me faz ter saudades de uma figura como Francisco Gentil Martins como Bastonário dos Médicos

Gentil Martins, fotografia do DN
é lembrar-me de como ele lutou contra a burocratização desta profissão, que devia ter a gente nova mais vocacionada, e a sentir-se menos exausta do que os velhos – precendo.me indiferente, vê-se que nem tem sido bom, as notas académicas estratosféricas. O drama é estarmos hoje todos entregues a estes catraios exaustos e burocratas, mais preocupados com as horas de entrada e saída do serviço, ou com os ordenados, do que com os doentes. Mas parece ser esta a evolução normal da sociedade, e a visão ‘liberal’, tão de moda, das coisas. Mesmo quando a visão não é liberal, como no caso de Trump, é pelo menos egoísta.
De qualquer modo, era mais fácil ignorar a burocracia sendo rico. E ter uma boa formação depois de andar em guerras como a colonial a fazer frente a todas as urgências. Tudo coisas para gente mais velha