Liberalismo privado à custa do Estado

Fotografia do jornalmedico.pt
Não é só no ensino que os privados querem mamar do Estado, e deixar a população sem serviços sociais para ficarem eles com o dinheiro (e cada vez me parece mais reprovável, e contra o Papa Francisco e o que ele prega, o envolvimento de responsáveis portuguesas da Igreja Católica contra os contribuintes e a população, e a favor dos empresários dos colégios privados). O economista Eugénio Rosa divulgou mais um dos seus habituais estudos sobre aspetos relevantes da economia portuguesa, desta vez por causa da ADSE – que tão apaixonadas reacções está a suscitar do púbico a ela associado ou não. O estudo revela que 26 grandes grupos privados de saúde faturaram à ADSE, em 2015, €225,7 milhões. Ou seja, 71% de toda a despesa do regime convencionado. Só o grupo Luz Saúde, assegura o estudo, recebeu €75 milhões, 23% do total do regime convencionado.
Ser liberal e privado assim, à custa do Estado e dos contribuintes, é que dá jeito. Na Saúde, no Ensino, nas chamadas Lojas Históricas, na Banca (tristemente dividida entre ex-governantes, espanhóis e angolanos – sempre gostaria de perceber o que estes últimos têm a ver com negócios financeiros sem disfarce de alarvidade), enfim, por todo o lado.