
Fotografia de aim.org
Vladimir Putin (1952) tomou posse pela primeira vez em 7 de Maio de 2000, pelo que já leva 16 anos de Poder, mesmo com a passagem pela chefia do Governo, obrigada constitucionalmente pelo actual estatuto presidencial russo (passando a Presidente o seu fidelíssimo Medvedev). Era um veterano do KGB, posto no Poder (terá sido ele próprio a pôr-se? Ali nunca se sebe) por Ieltisn, fisicamente debilitado e publicamente alcoolizado. De resto, já lá mandava ‘informalmente’ desde o início do ano, antes mesmo de ser eleito. E era 1º Ministro desde 1998, responsável directo pela Guerra da Tchetchénia.
A pouco e pouco, sorrateiramente, foi-se a abertura da Perestróika (inaugurada por Gorbatchev, e mantida na forma por Ieltin), e voltou o Poder soviético à moda de Lenine e Staline (mais duro este, evidentemente) e dos velhos Czares.
Foram-se as liberdades cívicas, anexou-se a Crimeia e caiu de vez a máscara de democrata – sem que se notasse beliscadura no apoio interno, atenuando os remorsos na eliminação de oposições. E o problema maior da Rússia é que os seus líderes tendem a ser mais carniceiros, quando a popularidade baixa (e, nestes carniceiros, nunca baixou o suficiente para serem postos em causa).