25 de Abril Sempre!

Fotografia da Wikipedia
Já me esquecia de aderir à Efeméride, com este grito de entusiasmo. Porque, não haja dúvidas. Embora eu na altura tivesse uns escassos 20 anos, aderi à Revolução (e ainda bem que se chama dos cravos, para mim encarnados para outros vermelhos) completamente. Mesmo tendo depois de lutar contra o PREC (e aquelas canções como a gaivota que voava, voava, e ninguém a matava…) da mesma maneira e com o mesmo ardor com que lutara antes contra o absurdo regime que nos governara, temendo nova falta de liberdade – talvez para pior, talvez inspirada no modelo soviético entretanto caído em desuso (ainda para pior, imagine-se!). Porque talvez hoje se repare mais nos videirinhos da política, mas já os havia antes, e não era tão fácil bramar contra eles. A Justiça é igualmente má talvez, mas deixou de ter de ser subserviente ao regime (embora se note que vem desse lado).
O novo Presidente da República também não tem nada que ver com o atávico e cinzentíssimo Américo Thomaz. Agora, ele discursou na Assembleia, homenageou Salgueiro Maia em Santarém, condecorou António Arnaut e João Lobo Antunes em Belém, entregou um prémio literário a Manuel Alegre em Lisboa. E eu senti-me bem representado.
Enfim, cá fica o testemunho, mostrando que eu não precisaria de ser chamado à atenção pelo prof. Cavaco Silva – como aconteceu uma vez em que a anterior maioria parlamentar liderada por Passos Coelho não festejou a data, e o então Presidente esmerou-se em festejos por Belém.