A PGR não deve dar explicações sobre o trabalho do MP durante o seu tempo? Seria de alguma maneira beliscada a desejável autonomia do MP? Será preciso, nas actuais circunstâncias, o Parlamento legislar, para o PGR dar as devidas explicações num relatório ou com uma intervenção pública? Devemos antes ter saudades de um PGR, como Cunha Rodrigues, que tinha fama de manter na ordem o MP?
O facto de Galamba se opor às explicações no Parlamento da PGR, não significa que isso atentasse contra a autonomia do MP, mas apenas que o ex-ministro pensa obter uma absolvição contra ela. E sim, o caso espanhol é parecido com o de Costa, mas mais grave. Porque inclui os magistrados judiciais, e o MP acaba de pedir a sua absolvição. De resto, se esquecermos a maior celeridade, em injustiça, no imiscuir das funções governativas, perece semelhante. Só me ocorre uma gravidade similar na questão madeirense.