Li num jornal que o Ministério da Justiça aumentou a cobrança de multas, com cartas em que utilizava uma linguagem simples. Simples e escorreita, digo eu, que acredito piamente na notícia.
Havia uma mania do Estado de utilizar expressões erradas e complicadas, que só perceberia um espírito tão mal formado como quem idealizara tais aberrações. Por exemplo: em vez de um simples e compreensível ‘concurso’ – por exemplo, público – usavam a proposta inexistente em português, mas mais complicada, de ‘procedimento concursal’ – que só um idiota poderia levar a sério.