Todos sabemos que qualquer bêbado gosta de garantir que não está bêbado, sempre que o está.

E isso acontece com inúmeras outras pessoas.

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Um dos tiques, neste aspecto, mais típicos e usuais é o autoelogio de quem não se sente suficientemente elogiado. Neste caso, um dos casos mais conhecidos é o de Donald Trump, o Presidente dos EUA que vive da importância do seu país, mesmo tendo-lha tirado bastante. Lá estava ele há dias, provavelmente a propósito dos 70 anos da NATO, a garantir que a organização nunca foi tão forte e eficaz como com ele. Claro que não é verdade. Todos esperamos é que a NATO sobreviva a Trump. E como disse o nosso MNE, uma das coisas que irá afectar seriamente a NATO é, não tanto Trump (como todos gostaríamos), mas o Brexit (apesar da desorientação dos ingleses, cuja grandeza do país o fará sobreviver a tal) e da ausência total de ideias dos principais defensores desse mesmo Brexit.

Quanto à NATO, como disse o nosso CEMGFA numa entrevista, se não existisse antes, tinha de ser criada agora. De facto, nunca Moscovo me pareceu tão atrevida militarmente. E não esqueçamos que Trump, numa das suas pérolas de linguagem, já a considerou ‘obsoleta’ (talvez por ter ajudado tanto os EUA no ataque das Torres Gémeas).

Dizem que ninguém conseguiu tanto financiamento para uma próxima reeleição (ou eleição) a tanta distância, como Trump. O que definitivamente não abona nada a favor de muitos dos que têm dinheiro nos EUA.

Para já, Trump está em competição com Putin para ver quem reúne mais em cimeiras com Kim, e lhe dá a necessária credibilidade. E até nisso Putin vai ganhar inevitavelmente, a não ser que Trump faça uma das suas loucuras maiores. Não há dúvida de que Putin ganha em ter Trump na Casa Branca.