O Secretário de Estado dos Assuntos Europeus polaco, Konrad Szymanski, esteve recentemente em Portugal, e embora seja de um governo fascistóide de que pouco se pode aprender, contou uma coisa interessante. Disse que os jovens polacos que foram para outros países são muitos, e admitiu ser difícil reverter o fluxo. São os jovens a votar com os pés, como já cá tinham feito no tempo de Passos Coelho.

Secretário de Estado dos Assuntos Europeus polaco, Konrad Szymanski, DN

É pena não ficarem, a votar com a mãos, para evitar governos que governam tão mal, ao ponto de os fazerem ir embora em massa. Vamos ver o que acontece agora em Itália, imaginemos a Coreia do Norte de fronteiras abertas, mais a desgraça dos EUA de Trump (sendo o pior os efeitos que pode ter no resto do mundo.

Curiosamente, a Comissão Europeia não se preocupou quando a Polónia e a Hungria degeneraram, chorando agora só pela Itália. E lembrar-me que um dos argumentos de Mário Soares para a integração europeia era a ideia que ele tinha de que qualquer governo desgovernado (como os da Polónia, Hungria e Itália) implicaria a expulsão dos respectivos países.

O ideal seria podermos dizer que quem os elege os atura sozinhos, e o resto do mundo ficaria livre desses brunos de Carvalho de política internacional.