
Teodora Cardoso, a economista que não acerta uma
O Novo Banco, que ficou só com o filet mignon do Espírito Santo, acabou nas lonas em pouco tempo. Vi nos jornais que Bruxelas chamou a atenção da sua nova gerência contra ilegalidades que está a cometer, nomeadamente pagando maiores juros do que a concorrência pelos depósitos. Entretanto, não se sabe como, volta a ter enormes imparidades. E o contribuinte vai ser chamado em breve a pôr lá mais uns milhares de milhões de euros (como os que acabam de ser sorvidos pela nova instituição).
Os erros foram das gerências, mas quem paga as favas são os trabalhadores, novamente alvo de despedimentos.

Repare-se na nossa escola de gestores
E repare-se que isto ocorre num momento em que surgem dados a revelar que os gestores nacionais, embora muito bem pagos, são bastante incompetentes. Enquanto os trabalhadores, embora muito mal pagos, trabalham bem.
Inquéritos de opinião indicam que, por causa das más gestões, embora os trabalhadores portugueses trabalhem muito mais horas do que a média europeia (e mais ainda do que os alemães ou holandeses), continuam com menores produtividades.
Talvez fosse bom começar por ajudar menos financeiramente estes gestores incompetentes. E quando for caso de apoiar sectores, entregar o dinheiro directamente aos trabalhadores melhor esforçados.
Talvez deixemos de ver agricultores vítimas do mau tempo, e podendo beneficiar de enormes ajudas (estatais ou europeias), aparecerem na TV a dizerem que talvez prefiram não se dar a mais trabalhos. É provável que se portassem de forma diferente se tivessem de arcar com os prejuízos, como os empresários dos países (provavelmente por isso) mais ricos.