Público

Surgiu por aí um abaixo assinado, que inclui destacadas figuras socialistas, contra as taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde.

Claro que as taxas moderadoras podem dificultar os mais pobres de acederem à Saúde. De qualquer maneira é isso mesmo que pretendem. Diminuir os acessos aos Serviços de Saúde, que estão cada vez mais caóticos, sobretudo nas Urgências, com o excesso de acessos. E as taxas tornam-se só um problema sério para quem as não pode pagar. Quem pode paga, e não se importa.

Também acho escandaloso limitar a saúde dos mais necessitados com estas taxas moderadoras caríssimas. Mas, por mim, acharia que basta acabar com as taxas que funcionam mais como financiamento do Serviço Nacional de Saúde, do que com as que pretendem moderar o acesso a esse Serviço. Sobretudo, se houver medidas de apoio à população mais necessitada. Aliás, o sistema de selecção das urgências, que torna mais demorados os tratamentos ou as atenções aos casos menos graves, podem funcionar melhor, e de forma mais justa, para moderar os acessos. Pessoalmente, percebo quando me dão uma pulseira verde nas Urgências, e vou-me logo embora. Parece-me de resto quer quem nãqo vá é porque é tonto.

Mas como já aqui disse, será preciso retomar médicos fora das urgências, como parecia haver antes de Passos Coelho (horários alargados de centros de saúde) e o seu Governo (com o actual e inefável presidente da CGD) acabarem com eles.