Já sabe muito bem, quem me conhece ou lê, que sendo eu completamente favorável à independência nacional (os que o não são pensam que seríamos mais ricos, esquecendo que passaríamos a 5ª, ou 4ª, região mais rica de Espanha, tendo ainda de dar para as

Castela contra Catalunha ew vice-versa, fotografia do Jornal Tornado

restantes 13 ‘pobrezinhas’ no sistema de financiamento local, para além da maçada de ficar sob a alçada de uns castelhanos menos preparados e não de uns espanhóis das periferias superiores). Mas a actual loucura parece-me excessiva.

O PP, muito ao seu estilo e gosto, reivindica agora problemas jurídicos, e foge dos políticos, para extremar as posições. Estamos como no Portugal pós-25 de Abril, sobretudo no Alentejo, onde as pessoas só votavam no PCP e no CDS, que pareciam os extremos disponíveis. A sondagem hoje revelada, sendo de Madrid, talvez esteja tão pouco séria como consta serem as sondagens em Espanha. Mas ainda assim, e talvez contrariada, volta a dar maioria aos independentistas numas novas eleições para o Parlamento Regional – embora talvez não de votos expressos. Talvez com o desaparecimento das forças que procuram ser mais moderadas (não acredito muito nas previsões sobre o PSOE), e os votos levados para os extremos independentista e não anti-independentista. Veremos.

O andar da carruagem não me faz augurar nada de bom. Só saber que Espanha se mantém unida à força, tipo Franco, e as periferias (o P. Basco, agora sem a ETA, não deve tardar a secundar a Catalunha) descontentes por lá estarem. E queriam os castelhanos alargar mais a sua Espanha!…