
Efóricos de humilhação, caras compungidas, fotografia de zap.aeiou.pt
Os militares nacionais passam a vida a acharem-se humilhados, pelas cativações mais todos os cortes orçamentais que sofrem.
Quase se mostraram eufóricos de humilhação, embora com as caras devidamente compungidas, no caso Tancos, que parecia dar-lhes razão. Mais a imprensa sempre pronta a acalentar estas coisas.
No entanto, a pouco e pouco, vamos sabendo pelos jornais que a tropa gastou imenso dinheiro em manutenção de serviços. Que recorria exageradamente a out sourcing, deixando a ideia de que não tinha prata da casa suficiente, ou que usá-la está fora de moda, ou pode
pôr em causa as alegadas humilhações.

Tancos, fotografia de Buzz Times
Mas afinal, o que a NATO quer que os países gastem mais em Defesa refere-se essencialmente a material (e, naturalmente, também ao seu uso).
Quanto ao caso de Tancos, vamos sabendo pelos jornais, a pouco e pouco, coisas como estas: o Exército gastava fortunas em defesa dos seus patrimónios, mas mal gastas, e com escolhas erradas; o buraco de cerca, inexplicavelmente por arranjar, nada teve a ver com o assalto (a não ser demonstrar como as políticas de gastos ali eram erradas); a segurança feita com armas descarregadas talvez se devesse mais a uma opção dos comandos do que do Governo. E mais um largo etc., em que não pretendo alongar-me. Já sgora, gostaria de saber mais coisas. A começar por ataques semelhantes noutros países da NATO, por estas alturas (como o que se deu em França, ou na Alemanha em instalações americanas – logo os americanos, que tanto gastam com a Defesa, o que pelos vistos não vale a pena). E gostaria também de saber tudo o que for possível do assalto a Tancos, mais o seu combate – sem o excesso de preconceitos ideológicos, ou humilhação eufórica militar a que estamos a assistir.