Vinagrete 17.01.14 – As areias da Democracia

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Chamavam-me snob, por eu ter algum desprezo por posições demasiado popularuchas. Talvez tenha sido isso a levar-me a optar sempre por uma democracia representativa e orgânica, e a ter horror a todas as manifestações da chamada democracia directa, desde os referendos (para assuntos políticos importantes, embora os admita a fim de resolver coisas menores e autárquicas) à Justiça popular. Vem isto muito a propósito da morte do nosso maior defensor de uma Democracia orgânica e representativa, o Dr. Mário Soares.

Veja-se o que está agora a dar brado em Israel: um sargento que matou um palestiniano ferido e caído no chão, incapaz de se defender, embora criticado e

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perseguido peãs chefias militares e pela Justiça do País (poder indirecto), é defendido por 65% dos eleitores e por Netanyahu (Justiça Popular e político popularucho a cavalgar a onda). São estas as areias que enferrujam as engrenagens da Democracia, e fizeram, grandes figuras como Churchill e Bernard Shaw admitirem não se conhecer ainda um regime melhor, mas a considerarem-no suficientemente mau.

É que este povão que defende a Justiça Popular de matar uns desgraçados feridos no chão e incapazes de se defenderem é o mesmo que elege Hitleres,

Imagem de patriciaroi6572.wordpress.com

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Trumps, Le Penes, Orbáns, Putins e quejandos. E também era muitíssimo capaz de eleger Estaline, se o deixassem.

Note-se que um destes cobardolas favoráveis à perigosíssima Justiça Popular de assassinar desgraçados feridos e no chão ameaçou os que se lhe opõem de acabarem como o general Yitzhak Rabin (1922-1995), Nobel da Paz em 94, assassinado por um judeu antipacifista e integrista (como os muçulmanos do Daesh ou os nazis de Hitler). Gente óptima, como se vê.

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