
1º de Dezembro, fotografia do Sol
Primeiro, saudar o regresso de mais este feriado, no caso um civil, depois de 3 anos de ausência. E regozijar-me por saber que estiveram os poderes do Estado na sua comemoração, a começar pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa. Depois, prestar a minha homenagem às 2 grandes figuras que fizeram por o realçar depois do 25 de Abril, Vera Lagoa primeiro, e José Ribeiro e Castro depois. Não falo dos patrioteiros do anterior regime, que felizmente não conseguiram deixar-me inconciliado com a data. Se for apenas para os

Mais 1º de Dezembro, fotografia da SIC Notícias
portugueses terem um suplemento de descanso, com mais tempo para leituras, passeios e outros entretimentos já não é mau. Mas presume-se que as pessoas melhor qualificadas e curiosas também procurarão saber um pouco mais sobre a efeméride.

Passos Coelho, a quem tudo corre mal, 1º Dezembro, CML, CGD, dados económicos, etc., fotografia do Público
Se vamos a factos, não podemos esquecer a defenestração de Miguel Vasconcelos, símbolo do Poder castelhano, no edifício que é o dos Paços do Concelho. Hoje a defenestração não seria tão bem vista como arma política. Sorte a do principal responsável pelo fim do feriado, que seria neste momento o principal objectivo de defenestração, mais pela sua ignorância cultural, do que por simpatias castelhanas. Ignorância cultural e económica, porque afinal o actual Executivo, segundo os dados europeus e do INE, consegue melhores resultados com os feriados do que o anterior sem eles. E não consta que o seu fim tenha melhorado a competitividade, ao

Felipe VI de Espanha em Lisboa, fotografia da zap.aeiou.pt
contrário do que pensava muito boa gente (crente numa certa lógi-a-ilógica).
Entretanto, por coincidência apenas, mas feliz coincidência, os Reis de Espanha estiveram em Portugal nas vésperas da data. E por outra coincidência também, o actual Rei chama-se Felipe, como os 3 espanhóis que cá reinaram em suposta União Real (uma Coroa com 2 Estados separados). Felipe IV não o entendeu tanto, e por isso foi à vida. E agora Felipe VI até esteve nos Paços de Guimarães, berço da nacionalidade portuguesa, frente à de Leão (antecessora de Espanha). Os portugueses, pelo seu lado, souberam ser republicanos, quer nas ruas (onde saudaram com maior entusiasmo o popularíssimo Presidente Marcelo), quer no Parlamento (onde de diferentes formas muitos deputados assinalaram o seu republicanismo e anti-monarquismo, sem necessitarem de ofender pessoalmente Felipe VI, nossa visita e nosso convidado).