
Centro Hospitalar do Norte, Stº António, fotografia do Expresso
Leio que segundo um ranking elaborado por uma grande consultora espanhola (não percebi ao serviço de quem, embora se saiba que a consultora já foi dirigida por um membro do actual Executivo socialista, da área da Saúde), os melhores hospitais do país (essa avaliação qualifica como o melhor um do Porto, precisamente o Centro Hospitalar do Porto)) têm uma taxa de mortalidade 20% inferior (à média, suponho). E conseguem isto com mais eficiência e a menores preços, incluindo menos tempos de internamento. Alguém, a começar pelo Governo, devia

Fotografia da TVI24
empenhar-se em mudar as coisas. Já viram que uma quantidade enorme de doentes (no mínimo) 20%, morrem só por ter ido parar ao hospital errado. Desde logo, os que apanham uma daquelas bactérias hospitalares multirresistentes, só pelo azar de se encontrarem no sítio errado (um hospital com mais mortalidade), no momento errado (um estado geral de fraqueza, por exemplo, por causa de uma gripe ou uma pneumonia, ou alguma ferida inconveniente).

Fotografia do Público
Claro que a população elege radiante quem trata pior os hospitais públicos, e age de forma a isto acontecer. Por exemplo, o Reino Unido tinha o melhor SNS do mundo, até Thatcher resolver começar a poupar nele, e acabar com a sua excepcionalidade. Talvez para evitar que as pessoas confiassem demasiado num serviço público, e fossem menos esforçadas para a economia. Ou então por pura ignorância.
A verdade é que, em Inglaterra, o aparecimento de uma simples bactéria hospitalar, antes de Thatcher, implicava o dispendioso mas imprescindível fecho do hospital em que isso se verificasse, o qual só abria depois de tedtes que demonstrassem ter a bactéria sido removida. Thatcher inaugurou a moda, por exemplo, de poupar nos serviços de higiene, que foram logo postos em outsorcing. E no entanto, tinha sido com o simples aumento de higiene, mesmo com a imposição de mãos lavadas aos médicos, que se diminuíram as mortes os hospitais, Mas os eleitorados, certamente sem pensarem que um dia poderão ser as vítimas disto, gostam de votar nos Thatchers de agora (coimo é o caso do francês Fillon, mais liberal que o social de Direita Juppé).