Fotografia do JN

Vi no Expresso que Nicolau Maduro está cada vez mais longe do seu

ídolo Hugo Chávez. É que embora não haja pessoas insubstituíveis, cada um é como cada qual, e tem jeito para o que tem.

Maduro, definitivamente, não tem jeito para a política. Aguenta-se enquanto a força militar e das armas o continuar a impor a um sistema democrático. Chávez, pelo contrário, tinha uma certa aura de esquerda, contra

Totografia da Veja

a direita.

De qualquer modo, como diz o último Expresso, já perdeu nas urnas, e a rua é obviamente cada vez mais da Oposição. A sua insegurança é tanta que nem aceita o referendo pedido pelos opositores unidos numa frente comum e democrática (embora eu próprio, ao contrário de Maduro, nunca tenha afirmado simpatia por formas mais directas de democracia, como será o caso do referendo). Mas numa democracia orgânica e indirecta, como eu defendo, Maduro já tinha ido à vida há que tempos. Claro que sabemos das ânsias golpistas dos militares sul-americanos, e temos de esperar a derrota desses golpistas também, para ver a Venezuela viver a democracia.