Vinagrete 16.08.31

Tudo serve para estar contra Cristas

Fotografia do JN

Fotografia do JN

No social, fotografia da caras

No social, fotografia da caras

Parece que os dirigentes do CDS não amam demasiado Assunção Cristas. Nalguns casos, ela pôs-se a jeito. Mas em termos gerais… não percebo esta comoção.

Muito bem, Hélder Amaral excedeu-se no Congresso do MPLA. Mas como poderia ela ser firme naquele caso, se estava lá o ex-líder do partido (numa situação ainda mais dúbia), o mesmo que pastoreara o CDS de rédea curta e sem dar abébias, e o mesmo que a designara a ela própria sucessora. Convenhamos que o caso não era fácil.

O convite à ex-ministra socialista da Educação Maria de Lourdes Rodrigues para participar numa iniciativa do CDS, por outro lado, deveria parecer uma boa malha. É que esta ex-ministra está muito mais próxima (pelo menos a avaliar pela sua acção, quando esteve à frente do departamento) das posições centristas no sector, do que das deste Governo do PS.

Com PP, fotografia do Jornal de Negócios

Com PP, fotografia do Jornal de Negócios

Sobre o avanço de Cristas para candidata a Lisboa, sem uma autorização expressa do CDS, percebe-se bem a prudência. Como iria uma miúda imposta para líder avançar assim, sem ter a certeza de ser apoiada. E arriscando-se a não o ser. Só se a falta de ambição fosse tal, que não se importasse de deixar o barco rapidamente.

Nisto tudo, o que tendo a perceber melhor, é uma certa irritação de dirigentes do CDS com o fascínio de Cristas pelas revistas cor-de-rosa. Mas este fascínio dela faz parte do deslumbramento pelo conhecimento público, e da ambição com que se apresenta. Se lhe cortam esse inconveniente, talvez lhe cortem o resto do fascínio e da

Apoio à Igreja é mais consensual no CDS

Apoio à Igreja é mais consensual no CDS

ambição – ou pelo menos de uma útil demonstração pública deles.

Se querem Assunção Cristas, têm de a ter como ela é, que foi como agradou a Portas, que se deu ao luxo de a nomear sucessora (quando o mais avisado, se ele tivesse juízo, que nunca teve, seria não se meter nisso). Se não a querem, qualquer pretexto serve para a atacar. Pessoalmente, nem sequer me atrevo a dar opinião sobre se a devem querer ou não. Mas se a quiserem, é como ela é. Se for preciso um oportunismo de oposição que una todo, é este de não estando no Governo apoiar a Igreja na questão do IMI.

Deixe um comentário