Os juízes que julgam colégios particulares em causa própria

Justiça adoentada, imagem da RTP

Fotografia de zap.aeiou.pt
Fontes ligadas ao colégios privados, e provavelmente aos seus advogados, têm denunciado a intervenção de juízes em causas próprias. Sempre em Coimbra, claro, onde os colégios privados se habituaram a viver à conta dos contribuintes e do Estado, borrifando-se para eles, e opondo-se à sua normal expectativa de disporem de boa educação pública nos locais em que esses privados actuam.
Primeiro soube-se que o Estado punha em causa um juiz (e só um?!!!) que se habituou a ter um filho num privado pago pelos contribuintes, e portanto teve sempre sentenças contra o Estado. O Governo esclareceu o assunto, e esclarece que pediu realmente a substituição de tal juiz, naturalmente nada independente.
Por outro lado, os privados perdem sempre os seus processos quando deparam com uma juíza ligada ao PS.
E os contribuintes, esses mesmos que têm sido obrigados a pagarem os colégios privados em vez de um ensino público acessível a todos e em todo o lado, olham para tudo isto perplexos: com um ensinamento novo: a Justiça tem razões, e agarra-se a elas, que os cidadãos desconheciam. O sensato e elementar era afastar a juíza do PS e o juiz dos colégios privados. Mas não parece ser esse o caminho escolhido pela Justiça, e que os cidadãos são forçados a acatar – enquanto a independência judicial não for sujeita a qualquer espécie de controlo externo ao sector. É que mesmo os juristas, sempre compreensivos com todas as bizarrias da Justiça, consultados por diversos jornais, mostram-se nisto mais dividisos.