Não me parece nada parecido o caso da empresa de consultoria de Luís Marques Mendes com a Spinumviva.
Desde logo, porque as pessoas sabem bem o nome da Spinumviva. E ninguém sabe dizer o nome da empresa de Marques Mendes. Mas demos de barato que é só por causa do tempo de cada caso. Que não é.
Ainda ontem, quando o MP informou sobre o encerramento do inquérito ao caso Spinumvita, o PM fez uma declaração pública, na hora dos telediários, em que continuou sem dar explicações do caso, a não ser que não há indícios criminais. Como se tivesse sido acusado de algum crime. O que ele não conhece é as obrigações de um PM. Qualquer empresa que seja sua cliente, não pode ser publicamente beneficiada.
E Marques Mendes fechou a sua empresa, antes de ser conhecido o caso. De resto, nunca se furtou a dar explicações acerca do assunto.
Os seus rivais, na corrida pela presidência podem querer aproveitar a matéria. Mas não passará disso: de um aproveitamento. O que, nos tempos que correm, em que o eleitorado se dispõe a dar uma situação confortável à extrema-direita, fazendo-me lembrar os judeus que votaram em Hitler, não sei se é boa ideia.