A queda e destituição de Nicolas Maduro é o único ponto em que Donald Trump terá o apoio de europeus e da sua base eleitoral. E mesmo assim, não será de toda a gente. Haverá sempre os legalistas, que quererão um apoio mais efectivo, por exemplo da ONU. Talvez por isso, ele faça render o peixe.
A que propósito Maduro fala em nome da Venezuela que, pelos vistos, não votou nele? E porque não deixa o lugar, se sabe que assim evitaria a invasão americana? Pois porque sabe que qualquer pessoa que se ponha à frente do País, para resistir ao vizinho poderoso terá o apoio da Nação. Um apoio que não incluirá aqueles oportunistas, que se puseram ao lado de Maduro, para enriquecer à custa da pobreza do seu povo, e que agora devem estar a tremer. E o ainda Presidente não pode dispensar o seu apoio como classe, embora tenha condições para perseguir um ou outro. É natural que Maduro seja apoiado pela Rússia, pois Putin é parecido com ele. Duas pessoas que preferem viver com o poder que têm e, a serem forçados a deixá-lo, querem que o mundo o sinta bem. Será quase impossível, porém, a ONU aprovar uma intervenção dos EUA na Venezuela, porque muitos países estariam a votar contra si próprios.
A minha mulher, que raramente tem razão quando se fala de política, dizia-me há dias a este propósito, que se Trump invadir a Venezuela, estará a fazer o mesmo que Putin com a Ucrânia. E eka detesta governos de esquerda. Mas ainda detesta mais Trump. E a pequena que ganhou as eleições na Venezuela (eu sei que não se candidatou—-, mas ganhou-as) já veio saudar a invasão de Trump, como a forma mais expedita de acabar com Maduro. Eu até acho que ela faz mal. Mas isso sou eu. De resto, ela fica com a obrigação de ocupar o poder.