De políticos, foi o PS e Mário Soares (com Zenha e Alegre) que fizeram o 25 de Novembro, enquanto outros se encolhiam de medo, nos seus partidos. Mais concretamente, alguns militares contra outros: Ramalho Eanes e Jaime Neves, á frente das tropas, e o Grupo dos Nove, encabeçado por Melo Antunes.
Fora destes nomes, hoje odiados pela direita, é um abuso festejar-se o 25 de Novembro. E a celebração só faz sentido, como parte do 25 de Abril, que é a data da mudança do velho regime. O insuspeito José Miguel Júdice, que suponho ser na altura membro da Cidadela com outras figuras da direita, disse publicamente ter sido nesse dia, e não no 25 de Novembro, que abriu uma garrafa de Champagne.
Portanto, o PS fez bem em recusar associar-se aos festejos do Governo. E deve manter a celebração decidida pela comissão do 25 de Abril. Se alguém fizer uma figura ridícula, por não aceitar á Trump ter errado, não será o PS.
Se o Governo só quer chatear o PCP, não será assim, nem com esta reforma laboral.