J.L. Carneiro foi eleito líder do PS, com o apoio de gente destacada da direita e da esquerda do partido. Embora ele próprio seja da sua ala direita, e muita gente não ter votado PS por achar, injustamente na minha opinião, o seu líder de então um esquerdalho, e ele terá perdido as eleições gerais pela mesma razão que venceu as do partido, hoje em dia a perda ou a vitória das autárquicas não terá a ver consigo. Se perder, mesmo subindo um pouco (pelos que regressavam, depois da recusa de PNS), isso corresponderá a uma mudança do eleitorado, como foi previsto pelos comentadores. Se ganhar, é o eleitorado nas suas habituais mudanças.

         Porque, na verdade, ele não tem feito nada para ganhar as eleições autárquicas e presidenciais. Limita-se a dizer que o Governo da AD tem feito tudo mal, e era muito fácil entrar nas coisas que desagradam o eleitorado, como a candidata por Setúbal ou as maçadas (para não dizer pior) da Saúde, demonstrando que o PM as apoia realmente ao manter a ministra.

         De resto, para pôr a ministra a andar, bastava aquela ideia peregrina de querer dar por culpadas da greve do INEM 2 pessoas que não fizeram greve.