O PM português parece muito contentinho, com a sua escassa vitória eleitoral. É caso para perguntar – de quê?!

         Da sua escassez, nas actuais circunstâncias? Mas ter-se-á devido às poucas explicações do caso Spinumviva. De ter conseguido que os adversários não falassem da sua verdadeira razão, durante a última campanha eleitoral? Esse foi o verdadeiro mérito novo, e por alguma razão o único partido que falou no assunto foi o que mais subiu. Os que à partida, tencionavam já votar na AD, não queriam que lhes estragassem a iniciativa com más notícias. Os que estavam dispostos a deixar a coligação de Governo, gostaria de ver o tema esclarecido, e aprecia especialmente um PM que obedeça às regras. O que leva o Chega a subir são estas questões, e não a imigração, que obviamente precisa de ser regulada.

         Eu queria voltar a votar, só por achar o PM desonesto. No resto, ele aguenta-se. Claro que as suas políticas não solucionam nada, do que funcionava mal com o Governo do PS. Como se vê pelo primeiro concurso do ano, para os médicos de família. Mas isso deve-se a querer pôr as convicções pessoais à frente. E até não é mau, satisfazer alguém. A democracia vive disso: umas vezes satisfazem-se uns, nas restantes outros. O problema é as próprias pessoas votarem para satisfazer outras. E isso será tão errado em Portugal, como nos EUA. Talvez seja pior ainda nos EUA, por lá não haver políticas sociais como na Europa. E pela importância que tiveram para o mundo, no tempo em que eram um grande país. Têm os governos comunistas mais longe, e o dinheiro não dá para tudo.

         Mas lá que o nosso novo PM anda muito contentinho, a dizer bem de si próprio, quando ninguém diz mal, isso anda. De quê?! Porquê?