Não será o nosso maior inimigo, mas não sei o que dirá sobre o assunto o miúdo de 16 anos, que devia viajar calmamente num autocarro, e foi ferido num olho por estilhaços de vidro, devidos a uma bala disparada por um agente da PSP.

E como, que se saiba, não há ainda autocarros voadores, o agente não disparou para o ar, e terá acertado onde pretendia. Estranhamente, parece que estou a atacar o agente da PSP, e não era isso que queria. Embora eu sustenha a respiração, cada vez que passo por polícias. Até costumo pensar que, se eles fossem cães, cheirariam à distância o meu medo.

Mas isso é outra coisa. Este agente não teve ninguém a defendê-lo, e parece mais puro e azarado. O grande culpado, parece ser quem lhe pôs a arma na mão, sem estar preparado. E quantos mais haverá assim? Alguém se lembrará, entretanto, de falar nas circunstâncias do tiroteio?