Paulo Rangel, o MNE português, falando no Foro de La Toja (reunido na Gulbenkian sob a presidência do espanhol Carlos Lopez Blanco) e seguindo o português António Costa, ex-PM e presidente do Conselho Europeu, afirmou que Portugal aumentará os gastos com Defesa, e ao mesmo tempo fará os seus gastos em políticas sociais.
Portanto, esse é um compromisso assumido pelos 2 principais partidos, com probabilidades de formarem governos.
Partidos que naturalmente não gastarão em políticas sociais a parte do dinheiro destinada à Defesa, e que deverá ser muito. E isso deveria ser dito claramente aos eleitores, que não são crianças nenhumas (apesar de, a crer nas sondagens, um número importante deles se preparar para votar em Montenegro, como poderiam votar em Trump, apesar do que se diz deles).
Os EUA nunca fariam políticas sociais, mesmo que a política económica de Trump desse bons resultados (o que não é crível), por não estar no seu ADN. Mas a Europa tem de preparar-se para se defender por si, e aos seus valores, muito ameaçados por quem não os professa, porque os EUA poderiam ser sempre dirigidos por um louco, tipo Trump.
Embora fosse muito agradável ser defendido por outro país, desde que defendesse no essencial as nossas ideias. Os franceses foram os primeiros europeus a entender isso, desde de Gaulle. Por muito inteligentes que sejam os dirigentes norte-americanos que o tentem evitar, agora sentimos bem a necessidade de nos defendermos. E esperemos não voltar atrás.
E os ucranianos, não é certo que continuem em guerra pelos europeus.