Em política, a asneirada, por maior que ela seja, não tem importância. E aí temos o exemplo mundial mais acabado em Trump. Querem um exemplo português, mais à nossa dimensão? Isaltino Morais, já condenado em tribunal. Portanto, não é de admirar, que Montenegro tenha apostado tudo em eleições.
Tem havido arrependimento do eleitorado? Com certeza. Mas a memória é demasiado curta. E o eleitorado não se arrepende todo.
Veja-se o que sucedeu com Trump. Certamente, quando houve o assalto popular ao Capitólio. Haveria pouca gente a votar em Trump. Mas passado um tempito, lá estavam todos, ou mais ainda. Agora, devem estar muitos arrependidos. Mas é tarde para isso. Igual com Bolsonaro.
E Montenegro? Nunca quis dar explicações onde devia ter dado. Porquê? O mais certo é que não as pudesse dar cabalmente.
O que acontecerá com toda esta gente? Depois de uma asneira grossa, e de o eleitorado não se ter importado, mantêm a tenência para a asneira, perante o dito eleitorado tão permissivo. Apenas sem saberem porque é ele tão permissivo.
E o eleitorado português já mostrou ser igualmente permissivo. Com Isaltino Morais, e com Montenegro (a avaliar pela sondagem do jornal Expresso). Nunca com os Drs. Balsemão e Soares, apesar de os apoiantes de Montenegro acharem que são casos iguais, ou com o líder socialista. No caso deste, a empresa é antiga e do pai. Quanto a aqueles, trata-se de fortunas de família, devidamente herdadas, e não de empresas feitas na altura, devido a influências políticas.