Os portugueses estão divididos quanto ao envio de tropas nacionais para a Ucrânia, segundo o barómetro da Aximagem para o DN. Mais precisamente, 46% são a favor e os mesmos 46% contrários. Os próprios ucranianos já estão fartos da guerra, e propõem-se um acordo com Putin a qualquer preço. Nem sabem, nem querem saber, o que pagarão por esse acordo. Estão dispostos a trocar a sua liberdade e dignidade, pelos sacrifícios a que a Rússia os sujeitou. Num momento em que recebem todo o apoio da Europa, com a Alemanha, que estreia um novo governo, a dar-lhes muito mais do que até aqui. E ou há 46% dos portugueses favoráveis a que os ucranianos continuem a morrer por eles, sem mexerem uma palha, ou o barómetro da Aximagem para o DN está errado. Como eu não acredito numa percentagem tão grande de gente da extrema-direita e do PCP, inclino-me mais para a segunda possibilidade.

         Mas como o barómetro da Aximagem para o DN, já me parece mais certo a avaliar as atitudes do eleitorado perante a crise política, não parece errado: Montenegro está em queda vertiginosa, desde que se soube da sua empresa, e da falta de explicações. Quando o eleitorado perceber bem a atitude da IL, também entrará em queda. A única coisa inexplicável aqui, é a subida do Chega, tendo em conta o comportamento deste partido e dos seus membros procurados pela justiça. E o seu justicialismo, populista mas injusto, e que pode atingir qualquer pessoa. Para além do dinheirão que nos gasta, para os seus ódios de estimação, como se viu pelo isolamento na perseguição do PR. Para além, acima de tudo, de os portugueses saberem, de forma relativamente recente, o que é um governo de extrema-direita, com a limitação das liberdades. Completamente estúpido.