Finalmente, percebe-se porque Luís Montenegro não deu a atenção necessária à demissão da ministra da Saúde. Nem a isso, nem a nada. Como as reuniões da UE, por causa da sua defesa, a maior crise em que a UE se viu mergulhada desde a sua fundação.
Coisa boa. O Presidente, embora dando como certa a notícia, não falava na sua substituição. Claro que deveria ser ele a demitir-se, como a ministra da Saúde deveria ser ela, mas isso seria pedir demais. Agora, teria de dar mais atenção ao cumprimento das suas funções de primeiro-ministro, a não ser que, apesar de tudo, mantivesse a popularidade.
É que ele anda demasiado preocupado consigo próprio. E sabia que, entre os jornalistas, alguém devia descobrir os seus pecadilhos de infância. E, mesmo que ele faça essa coisa tão pouco europeia, à Trump, de simplesmente ignorar o que está feito, e esperasse apenas o passar do tempo, alguém haveria de lembrar a sua postura, enquanto líder da oposição, a achar que tudo era motivo para demissões.
E nessa altura, ele não esperara que o assunto fosse tratado precisamente por um jornal que o apoiara, e líder de audiências.