Mal o PS era substituído no governo pelo PSD, quer no tempo de Sá Carneiro, quer mais tarde, no de Cavaco Silva, as relações com os movimentos de libertação, que ficaram a governar as ex-colónias portuguesas, melhoravam. E tanto, que o PS acabaria por não afectar essa melhoria.
Era o Dr. Mário Soares, sempre defensor da formalidade das democracias, a não querer contribuir com dinheiros que acabariam em maus bolsos.
Dito isto, sempre preferia ver-me representado por Marcelo Rebelo de Sousa nas relações com Moçambique, do que por Paulo Rangel, que ainda por cima ouviu coisas desagradáveis da oposição ao regime. Como Marcelo ouviria, reconheço. Mas o que preferia mesmo nas ex-colónias, era ver a democracia a funcionar, e um movimento de libertação ter a coragem de passar à oposição.