Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia em 2008, numa entrevista ao Expresso da semana passada, e querendo explicar para portugueses que Trump se enquadra melhor numa tipologia de fascista do que de populista, e frisando que se trata de um fulano que tudo promete e não tem ideia de nada, comparou-o a Salazar.

         O que deve deixar os salazaristas que conheceram de perto Salazar, por muito que apreciem Trump e o seu amigo Putin, arrepiados. Porque, apesar dos apesares, Salazar vale mais do que muitos Trumps, e nem era um populista, como diz Krugman, nem se enquadra num simples fascista, no sentido em que ele os considera.

O que o define bem é um poema que diz: ’Sei o que quero, sei por onde vou, sei que não vou por aí’. Quanto ao mais, ele não se sujeitava a eleições, e tinha um profundo desprezo pelo que pensava o povo. E aí sim, ambos se aproximarão de fascistas.