Vinagrete 25.01.12 – Ordenados políticos

Já muito se disse sobre os ordenados dos políticos, e eu também posso dar a minha opinião. E é ela a seguinte:

         Eu defendo que, neste como noutros aspectos, se copiem as democracias europeias mais antigas.

         E então, quem estaria mal pago seriam as camadas altas da função pública, e dos privados. Embora nestes, haja muita gente bem paga, mesmo acima das médias internacionais. É aí que se vão buscar os assessores dos políticos.

         Os políticos, com excepção do PM a quem cabem responsabilidades especiais, estarão sempre muito bem pagos, se um ministro ganhar mais do que um subdirector-geral.

         Presume-se que os políticos já têm a vantagem de serem políticos, e por isso poderem mandar em muita gente. Ainda por cima, decidem os seus próprios aumentos.

         O que não sucede nas democracias avançadas é a nomeação de independentes para cargos políticos (que, em Portugal, parece ser uma virtude), precisamente por não serem necessários especialistas na área, dada a maior possibilidade de se contratarem especialistas bem pagos. E se exigir apenas sensatez no exercício de funções (o que em Portugal, como se tem visto, é difícil).

         Quanto à maior tendência para a corrupção, temos visto que ela se dá mais entre os ricos, ou os muito bem pagos. É o caso, agora, de um administrador do ex-BES. Pelo que nunca diminuirá, pagando mais.

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