O anticomunismo português, de que falou o secretário-geral do PCP na abertura do seu Congresso deste fim-de-semana, viu-se na Assembleia, na forma como os partidos lá representados celebraram o 25 de Novembro. Tirando o CDS e o Chega, talvez a IL, cujos discursos mostraram saber pouco da data, foram extremamente factuais, e aceitaram o PCP tal como ele é.
Paulo Raimundo bem pode querer responsabilizar terceiros, pela queda eleitoral do PCP, como fez no Congresso do Partido. Mas a responsabilidade será exclusivamente do PCP. E de atitudes suas incompreensíveis, como o apoio ao ditador de extrema-direita e neocolonizador, com o falso argumento de ser a favor da paz Que paz? A dos cemitérios? Qualquer pessoa entende que quanto mais tempo tardar em eliminar o seu perigo nazi, pior. Seria como deixar Hitlar à vontade, só para preservar uma falsa paz. Que depois saiu caríssima ao Mundo Ocidental.
Já fazer do PS o seu pior adversário político, vamos ver se dará para o PCP continuar na senda de ser o partido comunista com maior longevidade no Ocidente.